quarta-feira, 13 de outubro de 2010

QUESTÃO DE BOM SENSO

A sociedade adora recriminar colunistas por suas infâmias. Não são raros os casos de enfrentamentos aos formadores de opinião. Muitas vezes, eles precisam se redimir com seu público ou maneirar suas ironias a fim de evitarem um conflito.

Há mais de três décadas que o Brasil se livrou das amarras da ditadura e conquistou sua liberdade. Desde então, não houve nenhum caso explícito de censura. Mas, vez que outra, é a própria imprensa que se silencia. Os motivos são diversos, geralmente culminam em dinheiro e poder.

Na véspera do primeiro turno das eleições de 2010, ocorreu um caso que chocou boa parte dos internautas do país. Maria Rita Kehl, psicanalista e colunista do jornal O Estado de São Paulo, foi demitida por um “delito de opinião”. Após escrever um artigo atingindo os críticos de plantão do governo Lula, a escritora teve seu vínculo com o impresso cortado.

Contudo, Maria não se calou. Ela deu diversas entrevistas e lançou o assunto na rede social Twitter. Poucos dias depois, o Estadão tentou se retratar, dizendo nunca ter demitido a colunista. Nesse bate-boca de quem está ou não com a razão, levantou-se uma questão importante no país: qual o verdadeiro papel do jornalismo?

Atualmente, ninguém estranha mais se um veículo apóia um candidato ou um time de futebol. Sabemos que a total imparcialidade é utópica e, talvez por isso, ignoramos essas ações. Ou seja, a mídia no Brasil é mais do que livre. Porém, será que toda essa liberdade não se confunde com as colunas de opinião? O leitor já não consegue mais distinguir o que é realmente jornalismo.

Maria cumpriu com seu papel. Colunistas não têm pauta, muito menos são obrigados a seguir uma linha editorial. Entretanto, a informação continua sendo regida pela sociedade, pelos fatos diários. Se o jornal não estava de acordo com a posição de sua colunista, podia ter evitado a circulação do artigo. Uma simples conversa teria mascarado essa crise.

domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições: exemplo de civilidade!




Imagine se teve boca de urna. É que choveu santinho pela manhã. Há boatos que pela noite haverá tempestade eleitoral.
Palmas para o ser humano. Somos, mesmo, racionais :)